Como consultor de impressão há mais de uma década e meia, tendo conduzido projetos de melhoria industrial em gráficas e convertedoras em 14 países e dos mais variados portes, me deparo a todo instante com toda a sorte de soluções em software de gestão.
Existem inúmeras soluções interessantes – empresas globais, locais e pequenas boutiques de software que acabam criando sistemas mais ou menos improvisados em um cliente do setor gráfico e, a partir de então, vão crescendo e adquirindo maior musculatura.
A maioria das indústrias do nosso ramo, todavia, ainda está na base da planilha Excel – o que não é condenável em termos de assertividade (sim, tem muita gente boa e precisa com planilhas e dashboards no Excel), mas que acaba pecando no “consumo de energia física e mental” para compilar toda a informação, que quase sempre leva um tempo precioso num ambiente onde as decisões requerem agilidade.
Uma das ferramentas que particularmente gosto é a suíte da e-Productivity Software (ex-EFI Metrics), que se propõe a gerenciar todo o fluxo de trabalho de uma gráfica, literalmente de uma ponta a outra.
É difícil pensar que uma gráfica possa, por exemplo, ter pontos cegos como pós-cálculo e “reporting” (análise de dados gerenciais). A maioria esmagadora das soluções domésticas que vemos hoje na indústria gráfica e convertedora são bastante boas na área de cadastramento dos pedidos, “explosão” dos itens a produzir em uma relação de matérias-primas, gerenciamento do estoque destas matérias-primas, cadastro de parâmetros das máquinas e ferramentais e informação sobre os registros de produção e perdas das ordens de produção emitidas a partir dos pedidos cadastrados.
Geralmente, há pouca automação nessa seara, demandando uma folha de pessoal inchada no departamento de PCP apenas para pilotar o software que deveria facilitar as coisas; o sequenciamento dos itens por prazo de entrega, racionalização dos setups e características das máquinas – acaba se tornando algo sofrível.
O módulo de orçamentos da maioria dos sistemas também é subutilizado, dada a sua complexa interface – que gera resistência dos vendedores e representantes comerciais quando do seu preenchimento. Um bom módulo de orçamentos precisa de níveis de agilidade: um primeiro, mais leve onde se possa assumir premissas ao trabalho para orçar (nem sempre se tem dados sobre a arte, número de cores, passo de impressão etc.). e um segundo, mais pormenorizado, a ser completado quando a conversa comercial avançou, de fato.
Empresas estrangeiras que desenvolvem e comercializam softwares de gestão como faz a EFI quase sempre esbarram e se assustam com a complexidade contábil do Brasil. E isso acaba fazendo com que se tenha de integrar uma solução adicional fora da suíte original, para emissão de notas fiscais, relatórios contábeis etc.
A e-Productivity, outrora EFI, anteriormente Metrics e Loguin passou por esta curva de aprendizagem com os sistemas brasileiros que foram sendo gradualmente incorporados, e foi pouco a pouco ajustando a colcha de retalhos original em uma suíte integrada e madura – mas que a meu ver ainda não arranhou a superfície em termos de participação do mercado potencial, ao menos nas áreas de embalagens flexíveis, rótulos e etiquetas do país.
Esperamos que, com a possibilidade de mostrar tecnicamente os benefícios econômicos de cada módulo que compõe a sua solução nas páginas da nossa revista, mais e mais gráficas e convertedoras possam considerar a e-Productivity uma opção sólida para alicerçar o seu crescimento financeiro e operacional. Vamos torcer.
Leia mais em nosso blog:
Tendências, desafios e tecnologias para a indústria de rótulos e etiquetas