Modinha ou não, o tal do NFT vem ganhando cada vez mais espaço na mídia. E, agora, começa a aparecer com mais notoriedade também no setor de embalagens.
NFT, do inglês Non-Fungible Token é um conceito super mal explicado. Pudera, realmente é preciso muita força de vontade para entender esses novos tempos! De forma muito simplificada, um NFT é um título negociável especial, criptográfico (isto é, com informações protegidas) e que representa algo único.
Todos os dias, empresas e pessoas têm inventado novas maneiras de criar e transacionar NFT’s, fomentando novos mercados e aplicações, como itens digitais exclusivos em jogos eletrônicos, arte criptográfica (até um meme ou um Emoticon podem ser vendidos como uma NFT), música e por aí vai. Tudo que puder ser envelopado e vendido como algo único e exclusivo é passível de ser transformado em NFT.
Evidentemente, como todo hype, a ganância e o potencial do ganho fácil atraem especuladores e aproveitadores, criando na mais leve das hipóteses supervalorização dos ativos e, na mais pesada, um submundo de fraudes e uma grande bolha. Mas esta parte “chata” é tema para outro artigo.
O estúdio digital norteamericano Klev lançou o projeto Bored Breakfast Club, o primeiro a trazer ao Metaverso e à vida real embalagens do tipo Stand-Up Pouch para Café ilustradas por artes NFT.
Aqui vale um complemento da explicação inicial: a tecnologia de geração dos Tokens é baseada em Blockchain (a mesma das criptomoedas, neste caso a mesma da Ethereum), que permite ao proprietário certificar-se da sua autenticidade e unicidade.
Agora olha a sacada: o projeto do estúdio associa duas coisas exclusivas e autênticas, uma online e outra offline: mediante o serviço de assinatura de cafés gourmet, o comprador da NFT receberá, dentre os cafés do seu pacote de assinatura, uma embalagem com o café especial cuja decoração é única e assinada digitalmente via Token Não-Fungível.
A primeira entrega de um blend de café em um StandUp Pouch NFT, em fevereiro de 2022, foi despachada a 70 países.
Ninguém sabe ao certo – e se disser que sabe, pode escrever aí que é blefe – onde essa onda vai parar. Mas o tema da embalagem única, exclusiva e “assinada”, associada ou não ao produto nela contido é tão interessante em termos de oportunidade de negócio que já se cunhou um termo novo que certamente deve popularizar-se em breve nos fóruns setoriais: a “embalagem efêmera”.
A propósito, o autor que vos fala tentou conectar a sua wallet para compra da NFT (com desconto, inclusive) de uma forma fácil e rápida via QR Code e Bitso, mas o formato ainda não é suportado pela interface WalletConnect. Aqui, se quisermos brincar de embalagem NFT, pelo menos por ora, vai dar mais trabalho.
Nota mental importante: a embalagem efêmera só pode existir na plataforma digital, apta à personalização de massa. Mais um ponto para a solidificação do digital no setor de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos.
Leia mais em nosso blog:
Embalagens inteligentes com NFC: um mercado que já ultrapassa os USD 20 bi
2 Responses
Ricardo, nisso aí nós concordamos e muito! Teria ficado massa!
Abraços e obrigado pela presença 🙂
Se fizesse essa embalagem com verniz registrado com brilho e os traços em fosco ia ficar show de bola !!!