O Prêmio bianual ABIEA iniciou sua história em 2008, tendo como principais objetivos reconhecer e premiar as gráficas e fornecedores que atuam especificamente no segmento de flexografia “banda estreita” no Brasil. Com a evolução tecnológica e setorial, novas categorias representativas de outros sistemas de impressão foram sendo adicionadas.
Em sua sétima edição, a primeira realizada de forma online em razão da pandemia, a premiação teve seu nome alterado para Prêmio de Excelência Umberto Giannobile em homenagem póstuma ao empresário e ex-presidente da entidade.
Toda premiação séria oferece a oportunidade de um vislumbre do que está se passando naquele setor e, para olhos atentos, apresenta tendências que de uma forma mais ou menos sutil estão gradualmente lapidando o mercado e os negócios.
Doze convertedoras dividiram 39 troféus Ouro, Prata e Bronze (cinco delas somadas abocanharam 77% das premiações).
O avanço do digital
Quase 40% de todos os impressos premiados foram concebidos em sistemas digitais, talvez o recorde histórico da premiação. Basicamente, os 14 troféus outorgados a impressos digitais foram gerados em três plataformas: inkjet UV da Durst, offset digital da HP e laser eletrostático, da Konica Minolta:
Outro item digno de nota é o aumento expressivo de soluções digitais “entry level”. A maioria dos convertedores – mesmo os de pequeno porte – têm buscado complementar a oferta com impressoras digitais mais baratas em termos de investimento para, ao consolidar uma demanda mais sólida de trabalhos e clientes, escalar ou não para uma impressora digital mais robusta.
Flexografia ainda liderando
Cinco plataformas de equipamento flexográfico foram responsáveis por 22 impressos premiados. Vinte e um deles, oriundos de impressoras flexográficas modulares. Etirama e Nilpeter responderam juntas por 59% dos impressos premiados (36% e 23%, respectivamente).
Uma observação interessante a ser feita é que a flexografia, além de ainda representar com boa margem o principal sistema de impressão premiado, foi também o mais versátil em termos de segmento ou aplicação, estando presente em alimentos, bebidas, higiene e limpeza, farmacêuticos, industrial, cosméticos e impressos de segurança. A impressão digital, de forma geral, marcou mais presença nos setores de bebidas (cervejas artesanais), industrial (majoritariamente, em lubrificantes), suplementos e alguns produtos alimentícios.
Perfil dos ganhadores
Há uma pouca adesão das convertedoras no topo da pirâmide. A maioria esmagadora dos premiados são empresas do middle market ou iniciantes (gráficas offset que há pouco começaram a aventurar-se na impressão flexográfica de rótulos).
Uma boa oportunidade, portanto, às empresas de pequeno e médio porte mostrarem ao mercado (clientes e prospects) sua capacidade técnica e consistência de qualidade na produção de impressos de alto nível – condição sine qua non para representar uma marca.
A ProjetoPack é apoiadora institucional do prêmio da entidade desde as suas primeiras edições.
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