Diferentes atividades econômicas – especialmente em âmbito industrial – requerem financiamento para sustentar suas atividades e o seu ciclo operacional, uma vez que costumeiramente as obrigações vencem antes da materialização dos recebimentos dos clientes.
A indústria do plástico é uma das mais demandantes de capital de giro no setor industrial. E, esmiuçando um pouco mais, as indústrias de embalagens plásticas flexíveis respondem por grande parte desta demanda.
Existe uma miríade de motivos para esta situação de dependência de financiamento das operações, no caso das indústrias de embalagens flexíveis.
Uma delas é a fragilidade do transformador ou convertedor na cadeia de valor, espremido por um oligopólio de matérias-primas basicamente indexado a uma taxa de câmbio historicamente desfavorável e flutuações constantes da commodity mais afetada pela política em todo o mundo: o petróleo.
Na outra extremidade estão os clientes – as grandes companhias de bens de consumo de giro rápido (alimentos corresponde a mais de 65% do volume) – um mercado cada vez mais consolidado, com estratégias de comparação de preços e compras globalizadas, orientação Just-In-Time e cujo pilar central de marketing é a diversificação constante de público e premiunização de produtos, o que corrobora para tiragens cada vez menores, maior sofisticação e, por conseguinte, diminuição gradual das margens de seus fornecedores.
Para manter o transatlântico em curso, as empresas buscam financiarem-se quase sempre junto aos bancos. É importante lembrar que o spread, a diferença entre os juros que os bancos pagam para tomar dinheiro no mercado e o que cobram para emprestar às pessoas físicas e jurídicas, é bastante caro no Brasil.
Tão caro que, em 2019, o Brasil ocupou o 59º lugar em uma lista de 63 países num ranking de competitividade de crédito, perdendo somente para a Croácia, Argentina, Mongólia e Venezuela.
As razões apontadas para essa condição abusiva do crédito no Brasil são inúmeras e vão desde as alíquotas onerosas no mercado interbancário (a exemplo do depósito compulsório), o monopólio bancário no país (talvez um dos fatores mais preponderantes), as fraudes, a corrupção e por aí vai.
No quesito “por aí vai” está a falta de conhecimento financeiro básico do ingresso no mercado de trabalho que, em algum dia, irradiará na gestão do fluxo de caixa das empresas, uma vez que o novato um dia se tornará gestor e tomará decisões que afetarão a companhia onde trabalha.
Em mais de 17 anos de consultoria às indústrias de embalagens flexíveis, vimos dezenas, se não centenas de empresas – muitas delas expoentes do setor – irem à bancarrota. Assim como dizem que um avião não cai por um único motivo, também as empresas não quebram por um fator isolado. Mas quase que na totalidade, o “começo do fim” é uma gestão ineficaz do fluxo de caixa, que acaba criando a dependência de financiamento do sistema bancário mais caro do mundo.
Neste momento em que escrevemos o texto, a economia global beira o caos, potencializada por forte desaceleração provocada em parte pelo alastramento da epidemia “corona vírus”, pela disputa político-comercial que erodiu o preço do barril de petróleo e derreteu bolsas de valores em todo o mundo.
Em que pese o fato de que a economia do planeta já não anda bem há tempos, operando com juros negativos, respirando por aparelhos a cada injeção de quantitative easing e corte de taxas.
Crise após crise, as medidas estruturais necessárias – austeridade fiscal, redução do endividamento e enxugamento da máquina – não são tomadas de acordo. A panaceia é sempre inundar o mercado com mais liquidez, distorcendo o valor da moeda e premiando incondicionalmente os incompetentes.
O fato é que nosso mercado está assustado. E há motivos, não para pânico, mas para cautela. Em face a crises com grande componente especulativo, o crédito escasseia ainda mais. Em parte, pela maior preocupação dos investidores em fazer movimentos bruscos, e porque parte da moeda está circulando para “tapar buracos”. As empresas acabam pagando o preço.
Desde o início do ano de 2019, a ProjetoPack & Associados tem estudado soluções para ajudar os seus clientes a equacionar os problemas de giro. Clientes saudáveis têm propensão a focar-se no médio e longo prazo e na estratégia industrial (principalmente no setor de impressão), requerendo os nossos serviços de consultoria e treinamento.
Clientes em desespero vão focar-se no curto prazo, o que é natural e justificável, e acabam tomando medidas que podem surtir algum efeito momentâneo positivo, mas que acabam se demonstrando irremediavelmente prejudiciais adiante – como a interrupção de projetos que visam reduzir perdas ou aumentar a eficiência de máquinas e equipamentos, ou ainda a capacitação de colaboradores para diagnosticar mais assertiva e rapidamente os problemas na produção.
Nesta saga por um parceiro que pudesse aportar bom conhecimento e prover capital de giro ou capital societário de forma rápida, técnica e confiável, nos aproximamos do Sr. Carlos Frederico Paura, CEO da Primex Finance Global, uma boutique financeira com mais de uma década de experiência e atuação nacional e que trabalha como um alfaiate italiano “sob misura”.
Diferentemente do estereótipo destas empresas, o Sr. Carlos e sua equipe tiveram a paciência de nos explicar e pormenorizar as inúmeras soluções de crédito disponíveis – que vão desde aportes convencionais até sofisticados modelos que visam a “desmaterialização” de bens imóveis em troca de liquidez imediata.
Além destas questões financeiras, nos apresentaram as enormes possibilidades de “equacionarem” passivos tributários das empresas – uma vez que muitas encontram-se em contínua situação de risco frente ao Leão e, precisamente por isso, ou não conseguem crédito/capital ou se conseguem, fazem-no a taxas de juros matadoras.
A maior lição desta exitosa parceria é a de que a uma empresa de embalagens flexíveis, etiquetas ou rótulos, o desconhecimento dos instrumentos para financiamento das operações é questão de ordem e sobrevivência, principalmente agora.
Afinal, não existe tecnologia no mundo que suporte uma carga tributária real de quase 50% do faturamento, tampouco um setor que resista à escassez de recursos financeiros para giro.
Elaboramos uma breve explanação técnica sobre as ditas possibilidades, que estamos oferecendo gratuitamente aos clientes em uma conferência (Skype, WebEX ou outra ferramenta de preferência) privada.
Caso haja interesse, poderá agendar esta apresentação “Soluções financeiras às indústrias gráficas e convertedoras” pelo e-mail [email protected].
Não nos apavoremos, mas também não fiquemos à mercê da maré. É importante atuar em duas frentes neste momento – na industrial, que ofertamos hoje nos nossos serviços especializados de consultoria e treinamento para gráficas e convertedoras – e na financeira, agora amparados com especialistas do assunto.
Esperamos pelo seu contato 🙂
Aislan Baer
CEO – ProjetoPack & Associados