A DIC Corporation foi fundada em 1908 para produzir e vender tintas de impressão. Desde então, a empresa passou a diversificar seus negócios em atividades correlatas em setores como pigmentos orgânicos e resinas sintéticas.
Estima-se que o grupo DIC (proprietária da Sun Chemical) possua uma participação de mercado em tintas de impressão na ordem de 30% a 35%, embora tintas de impressão representem, ano após ano, parte menos relevante no lucro auferido (em meados de 2018, já se falava em 30% dos lucros).
Esta semana a Comissão Europeia autorizou, sobre a égide da legislação de fusões da União Européia, a proposta de aquisição da Basf Colors & Effects pela DIC Corporation. Dentre as cláusulas do acordo estaria o desinvestimento, por parte da DIC, da principal planta de produção de pigmentos como forma de preservar a competição no mercado.
Embora o processo de análise de uma fusão desta envergadura seja espinhoso, com grande possibilidade de fomentar ou reforçar o monopólio em uma dada categoria de produtos – ao nosso ver, temas como a influência asiática nos últimos anos no âmbito da indústria de pigmentos, os custos associados à troca de fornecedor aos usuários destes produtos, a qualidade e confiabilidade (sob judice) e a dificuldade de se competir em virtude de práticas comerciais predatórias – criou o ambiente favorável para, em pouco menos de dois anos, a coisa de fato acontecer.
A DIC é uma companhia japonesa listada na bolsa de Tóquio, com cerca de 20 mil colaboradores em todo o mundo. Espera-se que ela venha a faturar por volta de €8 bilhões até 2025.
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Aislan Baer Fundador e CEO da ProjetoPack & Associados; Co-fundador da Inovagraf; Especialista em impressão e embalagens.