Hoje, mediante um pragmático release, a Komori Corporation anunciou o cancelamento da sua participação na Drupa 2021, em virtude da preocupação com a ainda crescente disseminação do coronavírus.
O anúncio veio pouquíssimo tempo depois da desistência da gigante alemã Heidelberg, que usualmente ocupa uma área de quase dois pavilhões no evento.
Desistiram também a Bobst (fruto de um reposicionamento estratégico com respeito a feiras setoriais, já abordado em um informativo anterior), a icônica Xerox e a Manroland Sheetfed – mas ainda há preocupação para que outros nomes engordem a lista até a data do evento.
O grau de incerteza imposto não só pela pandemia, mas pela imprevisível resposta dos diferentes governos federais, estaduais e municipais e a transitoriedade das políticas adotadas em termos de biossegurança desde o início da tragédia tornam o cenário ainda mais nebuloso às empresas.
A mudança de matriz na comunicação das marcas deve mudar sensível e gradualmente neste e nos anos vindouros, o que pode ser uma ótima oportunidade para a mídia impressa, social e online.
A tecnologia, a adaptabilidade e a força em trazer público focado e de alto poder de decisão devem ser os critérios de seleção natural das feiras de negócios.
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Fundador e CEO da ProjetoPack & Associados; Co-fundador da Inovagraf; Diretor da IDEAlliance Latin America
Uma resposta
Acho isso precipitado. Acredito que haja algo mais por trás da decisão destas empresas.
Eu queria entender se é só por causa da pandemia ou se alguns segmentos do mercado já estão mais abalados economicamente.
A Heidelberg tem a Soma e a Bobst tem a Fischer e a linha M1 de banda estreita.
A evolução da digital e outras perguntas que estariam sendo respondidas nesta feira ficarão em aberto ou perderemos um pouco da base de comparação.
É um evento que ocorre a cada quatro anos resume os status quo. Não participar desta feira e dedicar-se a eventos pulverizados não soa bem. É uma pena.