Em razão do nosso décimo sétimo aniversário da ProjetoPack em Revista, convidamos editores de outras revistas ditas “concorrentes” para escrever nosso editorial este ano. Pessoas que, como nós, enfrentam há anos o duro desafio de disseminar informação técnica e confiável aos segmentos de embalagens e impressão.
Aislan Baer, CEO da ProjetoPack e editor da ProjetoPack em Revista
Por Marcos Palhares, editor da EmbalagemMarca
Ocupar este espaço nobre em uma publicação tão respeitada traz, junto com o sentimento de alegria pelo convite, uma grande responsabilidade.
Começo, então, dedicando algumas linhas à importância desta para o segmento gráfico, especialmente para a parcela relacionada com embalagens. ProjetoPack une em suas páginas visão estratégica com abordagem técnica, constituindo-se em ferramenta vital para empresários e profissionais que atuam com impressão de embalagens e rótulos.
Inevitável, aqui, citar quem está por trás deste projeto: Aislan Baer.
Criado nas artes gráficas, respirando tinta e ouvindo as máquinas rodarem, tem a paixão pelo setor evidenciada em cada detalhe do que faz – na revista, inclusive.
Porque apenas os apaixonados sobrevivem por 16 anos produzindo mídia segmentada no Brasil. Manter um negócio como este só se justifica por apego e por vontade de contribuir para que o setor evolua e avance com solidez.
Não tenho dúvidas de que ProjetoPack passa por situações análogas às que vivemos na revista EmbalagemMarca, que (heroicamente, afirmo sem modéstia) editamos há quase um quarto de século. Por isso, aproveito para trazer um fato curioso da vida das editoras àqueles que acreditam na importância da mídia segmentada como difusora de informações importantes para a tomada de decisão das empresas em geral.
Não devem ser poucos os reconhecimentos que esta publicação recebe em termos de seu valor para o setor. Também não devem ser raros os pedidos de espaço editorial para divulgar produtos, serviços e iniciativas de players da cadeia de valor a que ProjetoPack se direciona.
Da mesma forma, creio que sejam corriqueiras as negativas que a revista recebe quando oferece a essas mesmas empresas espaço publicitário. “Não temos verba”, “Estamos focando os investimentos de comunicação em assessoria de imprensa” e “Preferimos material editorial porque tem mais credibilidade que anúncios” são minhas frases preferidas.
Não se trata de uma crítica à opção de não anunciar. Muito menos um questionamento da veracidade dessas afirmações (por mais que possa refutá-las tecnicamente). Mas vêmo-nos diante de uma situação peculiar: se a revista tem real valor para o setor, não faria sentido contribuir para que se mantivesse saudável, crescendo e ajudando a promover as iniciativas relevantes desse mesmo setor?
Ao apostar apenas no “espaço gratuito” e “com credibilidade” das páginas editoriais, potenciais anunciantes esperam que outras empresas, com seus anúncios, ajudem a bancar os custos da publicação. Com isso, beneficiam-se por não precisar investir em anúncios para ter visibilidade. Mas se boa parte do mercado tomar essa decisão, em breve não haverá recursos para que o projeto editorial se mantenha.
Consequentemente, a tendência é que, com o tempo, as publicações deixem de existir, encerrando um espaço relevante para a comunicação dos fornecedores com potenciais clientes. Não há paixão que resista.
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