No começo de fevereiro deste ano, uma notícia foi ecoada na mídia especializada internacional: a gigante suíça SIG Combibloc (SIGNC.S) estava estruturando a aquisição da norte-americana de origem, Scholle IPN – pela bagatela de 1.36 bilhões de Euros (pouco mais de USD 1.5 bilhões).
Um deles, de usufruto quase que imediato, seria a ampliação da sua participação no mercado norte-americano, onde a Scholle IPN concentra mais de 50% das suas vendas atualmente.
Porém, um dos pontos mais sinérgicos desta aquisição reside em trazer à Schole IPN o acesso sustentável (em termos de qualidade, escala e poder de compra) aos materiais celulósicos (cartotécnicos, mais precisamente) que compõe o seu principal produto: o Bag-In-The-Box – utilizado amplamente no transporte de líquidos e concentrados da América para a Ásia e Europa.
Um pequeno mas não menos relevante detalhe é que, não há muito, com a fusão da Scholle e a holandesa IPN (Innovative Packaging Network) já havia trazido à cesta de produtos o popular e em franco crescimento Stand-Up Pouch Asséptico, uma simbiose perfeita das capabilidades industriais da convertedora européia e do conhecimento apurado de envase asséptico da norte-americana.
Dito isto, temos agora um competidor global com receita superior a CHF 1.8 bi, e que possui praticamente todo o espectro de soluções de embalagens – de semi-rígidas a flexíveis – para o acondicionamento e transporte de líquidos e concentrados, com experiência também nas máquinas / linhas de envase asséptico e posicionada num mercado em crescimento, impulsionado pela necessidade logística de “escapar da cadeia do frio” (shelf stable).
A briga vai ser boa.
Em tempo: se você ainda não nos segue no YouTube, é a oportunidade para assistir a uma entrevista com Ademir Fragnani, à epoca diretor da companhia.
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