Dando sequencia à segunda temporada do nosso podcast PackCast, fizemos uma entrevista com a convertedora de rótulos Aaron Rótulos. Mantendo o protocolo, aproveitamos o vídeo para o formato webcast em nosso canal do YouTube (convidamos a todos para se inscreverem em ambos, links ao longo da postagem).
A Aaron é uma tradicional convertedora de rótulos cearense, que ocupa posição de liderança no mercado norte e nordeste do país, produzindo rótulos e etiquetas impressas em flexografia.
Nosso bate-papo contou com a ilustre presença de Luciano Bezerra, diretor comercial da empresa e sucessor.
A Aaron nos conta que, diferentemente da maioria dos convertedores da região, a empresa começou com uma impressora modular. À época, isso foi um desafio duplo, uma vez que o mercado não estava preparado para a tecnologia: embora a qualidade fosse ímpar, o preço de venda era restritivo.
Luciano nos conta que o mercado norte e nordeste é majoritariamente cost driven – isto é, bastante sensível aos preços. O cliente também gosta de negociar (cultura) e exige que os fornecedores sejam versáteis em portfólio.
Esta versatilidade demandada pelos clientes de se produzir “um pouco de tudo”, aliada à questão logística, impõe outro fardo importante aos convertedores da região: a necessidade de estoque de matérias-primas variadas, de capacidade industrial superdimensionada e setups mais lentos para atender a um leque heterogêneo de produtos.
A Aaron segue crescendo, a despeito de enfrentar concorrentes multinacionais ou campeões nacionais que, mesmo localizados nas regiões sul e sudeste, conseguem ofertar seus produtos de forma competitiva (muitas vezes preços predatórios, segundo a empresa) e com lead times super curtos. Luciano explica que a forma de sobreviver a esta batalha é agregar um serviço técnico e um atendimento diferenciado.
Dois outros temas importantes que merecem seu tempo é a explicação da Aaron sobre a sua nova fase de autofinanciamento versus a fase anterior, onde possuíam um sócio investidor. Falou-se sobre o que muda ao sair de uma suposta “zona de conforto” para a realidade de se angariar fundos com a própria operação e com agentes financeiros do mercado.
O outro, e não menos relevante tema diz respeito à impressão digital. A empresa adquiriu uma impressora digital e desistiu do equipamento, comentando os motivos que a levaram a retroceder com o investimento e a aprendizagem no processo.
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