Todos sabemos bem a importância de se manter o frescor dos alimentos e o quanto a falta de informação e controle pode tumultuar a nossa vida. Está aí uma pandemia terrível como a covid19, com origem – a priori – na pouca assepsia e dubiedade nos controles dos alimentos em um certo mercado na província de Wuhan, China, para nos lembrar disso.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa, Estados Unidos, descobriram uma nova maneira de prevenir boa parte destes problemas na venda e distribuição de produtos cárneos e pescados, com um novo sensor baseado em carbono, que indica se o alimento está estragado.
Usando uma impressora jato de tinta de alta resolução, especialmente adaptada para imprimir o composto sobre uma superfície polimérica, os pesquisadores demonstraram que o revestimento de grafeno pode detectar a histamina, um alérgeno que indicaria que o peixe ou a carne está estragado, abaixo de 3.41 partes por milhão.
A FDA determina atualmente que peixes frescos devem apresentar histamina em 50 partes por milhão, o que torna o sensor bastante acima do range de sensibilidade para detectar o problema.
Para criar o sensor de histamina, os cientistas tiveram que fixar quimicamente os anticorpos da histamina ao grafeno. A histamina bloqueia a transferência de elétrons e aumenta a resistência elétrica, causando uma mudança que pode ser percebida e registrada pelo sensor.
O time acredita ainda que a funcionalidade pode se estender a outros patógenos, e detalha o potencial e os benefícios do sensor em um paper publicado no jornal 2D materials.
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Aislan Baer Fundador e CEO da ProjetoPack & Associados; Co-fundador da Inovagraf; Especialista em impressão e embalagens