Considerado o maior investidor de todos os tempos do mundo, Warren Edward Buffett, o norteamericano que este ano completa 90 anos terminou o ano de 2019 com uma fortuna pessoal na ordem de USD 89 bilhões (o que o colocou na quarta posição de homem mais rico do mundo naquele ano).
CEO da Berkshire Hathaway, uma holding financeira com participação acionária em empresas como Duracell, Lubrizol, Helzberg Diamonds, Kraft Heinz, American Express, Wells Fargo, Coca-Cola, Bank of America, Apple, United Airlines, Delta Airlines, Southweast Airlines, American Airlines, NetJets, Amazon e um grande e vasto “etecétera”. – é conhecido por tomar suas decisões financeiras juntamente com seu sócio Charles Munger, embasado por uma sólida análise fundamentalista e visão de longo prazo.
Pois bem. Na última semana, a Berkshire fez a sua tradicional conferência anual de investidores (pela primeira vez na sua história, online, devido às restrições impostas pela pandemia). A conferência abriu com o discurso de Buffett, que falou basicamente de fundamentos, de pensamento a longo prazo, sobre o fato de que não se deve “apostar contra a América” e que mesmo em meio à crise, a Berkshire quer ir às compras, com seus impressionantes USD 137 bilhões em caixa.
A Berkshire desfez sua posição nas companhias aéreas. Nas palavras de Buffett:
Cometi um erro com as ações desse setor por causa de eventos que não são culpa dos presidentes das empresas. Não sei se daqui a três ou quatro anos as pessoas estarão voando tanto quanto no ano passado… Há aviões demais no ar.”
E aqui, chegamos ao ponto que nos conecta enquanto setor – o de embalagens. As embalagens estão intrinsecamente ligadas ao mercado de bens de consumo de giro rápido – em inglês, Fast-Moving Consumable Goods, ou simplesmente FMCG.
Este é o último breakdown da carteira do maior investidor não especulador do mundo. Desde sempre, mais de 40% de seu portfólio reside nas empresas FMCG. Em 2018, esta participação foi de 41%. Com os desinvestimentos realizados este ano no setor aéreo, é bem provável que o apetite de Buffett e os “fundamentos” que direcionam a Berkshire aumente a fatia no setor FMCG.
Marcas sólidas e produtos que as pessoas consomem sempre, a despeito de qualquer crise, se enquadram nos fundamentos de quem, aos quase 90 anos, desde 1965 até 2018 superou os rendimentos da S&P sistematicamente. E isso, meu amigo e amiga, é uma grande notícia para o segmento de embalagens – somos parte dos tais “fundamentos” hoje e sempre.
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